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Conheça a doença do pombo que deixou dois mortos em Santos, litoral paulista e preocupa as autoridades do estado de São Paulo.

Você também é daquelas pessoas que quando se depara com um pombo voando, foge rapidamente, a fim de evitar inconvenientes, como ter fezes em sua cabeça? Pois saiba que além da sujeira nos cabelos, você pode estar se livrando de uma doença mortal!

Embora isso pareça exagero, a Secretaria Municipal da Saúde de Santos, descobriu que as fezes do animal são contaminadas por fungos. Como resultado, surgiu a Criptococose, também conhecida como doença do pombo, que deixou dois mortos em julho de 2019 na cidade de Santos, litoral paulista.

Entenda o caso

Dois homens foram a óbito devido a inalação de fezes de pombo contaminadas por fungo, cujo sintomas podem se parecer com os apresentadas por pacientes que sofrem AVC.

A Criptococose é uma doença infecciosa, ocasionada pela aspiração do fungo Cryptococcus, que por sua vez, está presente em fezes de aves, sobretudo, pombos que são tratadas como pragas urbanas.

Esse fungo se instalou nos pulmões dos homens infectados, porém, rapidamente a infecção pode se espalhar para o corpo todo.

Devido à grande dificuldade no diagnóstico, a princípio, os casos são tratados como meningoencefalite. No entanto, houve a confirmação da prefeitura, que constatou que a morte foi causada pela doença do pombo.

O que dizem os Infectologistas sobre a Doença do Pombo?

Alexandre Barbosa, infectologista e professor da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo), diz:

“A doença não é só causada pelo pombo. Fezes de morcego, árvores, como o eucalipto ou que tenham locais ocos, podem conter esse fungo e infectar tanto quanto as aves.”

Já o infectologista João Prats, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, garante que existem duas variedades do mesmo fungo, sendo que, uma delas é o Cryptococcus neoformans. Essa por sua vez, seria uma forma mais leve, que poderia causar a doença em pessoas com doenças autoimunes, portadores de HIV ou em tratamento quimioterápico.

No entanto, em sua forma mais severa, chamada de Cryptococcus gattii, a doença também pode facilmente se manifestar em pessoas saudáveis.

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Perigos de conviver com Pombos

Após a exposição dos casos, muitos moradores da cidade de Santos, bem como, de todo o Estado de São Paulo, começaram a questionar os perigos de conviver com pombos.

Inegavelmente, os alertas relacionados ao contato direto com as aves sempre estiveram presentes em nossas vidas, mas, jamais nesse grau de preocupação. Por isso, as prefeituras buscam medidas preventivas e recomendam aos moradores o controle de pombos regular.

Dentre os maiores riscos de conviver com pombos estão:

  • Exposição prolongada as fezes do animal;
  • Problemas respiratórios;
  • Doença de próstata;
  • Surgimento de linfonodos;
  • Doenças no cérebro.

Como é feito o diagnóstico

O médico infectologista João Prats diz que, para ter certeza de a pessoa estar ou não infectada com a doença do pombo, é preciso colher o líquor que fica localizado na espinha do paciente.

Após a confirmação da infecção, é preciso dar início ao tratamento imediato, por meio de medicamentos antifúngicos endovenosos. Ademais, o tratamento deve durar entre duas a quatro semanas. Contudo, o paciente deverá continuar utilizando via oral o antifúngico durante 12 meses.

A doença tem cura?

De acordo com Alexandre Barbosa, a doença tem cura, entretanto, a demora no diagnóstico e a falha no tratamento, pode ser fatal! Afinal, o tempo acaba se tornando o maior inimigo do paciente, que pode chegar a ter meningite em consequência dos sintomas.

Criptococose: O que é a Doença do Pombo?

Mas, o que realmente é a criptococose?

Ela é uma micose sistêmica causada pelo fungo Cryptococcus neoformans ou o Cryptococcus gattii. Em outras palavras, é uma “levedura encapsulada”.

O fungo ‘mora’ na matéria orgânica morta que fica no solo, em árvores, cereais e frutas secas. Contudo, houve a constatação de que eles também estão presentes nas fazes de aves, principalmente, de pombos.

Ainda que seja bem assustadora, não há registro de casos onde a transmissão tenha sido inter-humana (passada de humanos para humanos). Nem mesmo, de animais para humanos.

O que de fato acontece, é que ao inalar os fungos presentes nas fezes dos pombos, as pessoas acabam sendo contaminadas. Isso porque, os fungos se espalham por todo o ar, aumentando ainda mais os riscos de se contaminar em ambientes fechados.

Depois de entrar nos pulmões da pessoa contamina, o fungo faz a migração para o sistema nervoso central, podendo afetar os ossos, a pele, os olhos, próstata, pulmões, corrente sanguínea, vias urinárias e até o cérebro.

Sintomas da Doença do Pombo

Semelhantemente, aos sintomas de um AVC, por conta da elevação da pressão intracraniana, a doença do pombo também pode ser facilmente confundida com um tumor no cérebro.

Além disso, os sintomas começam a surgir duas semanas após a contaminação inicial, podendo haver reincidência.

No início, algumas pessoas acreditam se tratar apenas de uma gripe forte, pois dores de cabeça, febre alta e tontura, surgem logo nos primeiros dias da contaminação.

Acontece que, visão turva, fraqueza, problemas cognitivos e vômitos são sintomas consequentes, que começam a comprometer a coordenação motora do infectado.

Outros sintomas que podem servir de alerta:

  • Tosse;
  • Sudorese noturna;
  • Náuseas;
  • Falta de ar;
  • Confusão mental;
  • Dores no peito;
  • Tosse contínua.

Alguns exames devem ser feitos assim que o paciente começa a sentir essas alterações, como por exemplo, a ressonância magnética do crânio e a tomografia do tórax.

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Quem tem mais chance de pegar Doença do Pombo?

Na verdade, ninguém está imune a doença, por isso, a tamanha importância em fazer o controle de pombos regularmente, seja em sua residência ou área comercial.

Todavia, pessoas imunodeprimidas, portadores de doenças autoimunes, crianças e idosos, estão mais suscetíveis à transmissão. Bem como, indivíduos com diabetes, pneumonia, alcoolismo e tuberculose, também estão no grupo de risco.

Como fazer a prevenção?

Segundo o Ministério da Saúde, recomenda-se o uso de máscaras ao realizar limpezas em galpões com um grande número de aves. Além disso, é importante realizar a dedetização de pombos, para evitar qualquer mínimo contato com as fezes do animal.

A prefeitura de São Paulo ainda disponibiliza um número de contato para quem desejar solicitar fiscalizações em imóveis e áreas abandonadas (telefone 162).

Se você mora em São Paulo ou em uma das cidades do litoral paulista e precisa de ajuda para combater a presença de pombos, fale com a Dedetizadora AJAX. Atendemos 24 horas por dia e possuímos uma equipe especializada para realizar esse tipo de atendimento!

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