O Estado de São Paulo está em alerta contra surto de leptospirose. A situação é ainda mais agravante em cidades banhadas pelo litoral paulista.
As prefeituras do Estado de São Paulo, sobretudo, municípios localizados no litoral, como é o caso de Peruíbe, estão em alerta contra possíveis surtos de leptospirose após alagamentos.
Só no primeiro semestre do ano, Peruíbe já havia registrado mais de 8 casos da doença – sendo que pelo menos três deles, foram confirmados pela prefeitura.
Já na cidade de Cubatão, um jovem morreu após ter ficado 9 dias internado em decorrer da doença.
Situação epidemiológica da Leptospirose no Brasil
No país, considera-se a leptospirose uma doença endêmica, o que significa que atinge uma parcela específica da população.
No entanto, em períodos chuvosos, áreas com grandes aglomerações, como é o caso das metrópoles, apresentam-se em perfeitas condições para criar uma verdadeira epidemia da doença.
Isso ocorre, porque as chuvas resultam em enchentes, que por sua vez, colaboram para o contato direto com pragas urbanas, como é o caso dos roedores – principais transmissores da leptospirose.
Ainda que, em todo o país há registros de surto de leptospirose, as regiões sul e sudeste, são as que mais sofrem com a doença.
Surto de Leptospirose em São Paulo
No início do ano, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) soltou uma nota, alertando para os riscos da contaminação por leptospirose em épocas de chuva.
Lembrando que o período de chuva se concentra entre os meses de novembro a março, e muitas regiões da cidade sofrem com inundações nesses meses específicos.
A Covisa (Coordenadoria de Vigilância e Saúde) garante que monitora e faz o controle de roedores em áreas programadas, por meio do Programa de Vigilância e Controle de Leptospirose e Roedores do Município de São Paulo.
Geralmente, os locais visitados ficam localizados próximos a córregos e bueiros, todavia, sempre em via pública.
Registros de casos na cidade de São Paulo
No ano passado, confirmaram-se mais de 120 casos da doença, e 17 pessoas morreram.
No entanto, continua alertando a população contra os riscos de um possível surto de leptospirose na cidade.
Mas afinal, o que é a Leptospirose?
A leptospirose é uma doença infecciosa, que pode ser transmitida para humanos, através da urina de roedores.
Apesar dos roedores levarem a fama – por estarem em grande número nas áreas afetadas, outros animais também podem transmitir a doença. Como é o caso de cavalos, porcos, ovelhas e até mesmo, os cães.
Embora, a leptospirose possua uma alta incidência em áreas consideradas precárias, também pode ocorrer em bairros nobres. Portanto, a prevenção é a melhor maneira de evitar os sintomas.
Quais são os sintomas da Leptospirose?
Os principais sintomas da leptospirose são:
- Febre alta e contínua;
- Dor de cabeça aguda;
- Dores pelo corpo, sobretudo nas panturrilhas.
Porém, algumas pessoas também relatam sentir enjoos, vômitos, diarreia, tosse ininterrupta, e outros.
Em sua forma mais grave, a doença deixa os olhos e a pele amarelados. Além disso, ocorre sangramento pelas vias, e alterações urinárias. Nesse sentido, é necessário a internação hospitalar.
Chamado de período de incubação, o tempo em que as pessoas levam para manifestar os primeiros sintomas, pode apresentar variações, entre 1 a 30 dias.
Quais são as complicações da doença?
Comumente, cerca de 15% das pessoas infectadas, evoluem para casos mais graves. Chegando ao mais elevado grau da infecção, também chamado de “Síndrome de Weil”.
Caracterizada pela insuficiência renal, hemorragias e icterícia (pele e olhos amarelos), a síndrome pode ser letal.
Contudo, vale ressaltar que isso geralmente só acontece, em estágios mais elevados da doença. Tanto que, o Brasil a reconhece como sendo a fase tardia da leptospirose.
Outro ponto importante, é que dependendo do sistema imunológico do indivíduo, a doença pode se manifestar de outras formas, causando:
- Pancreatite;
- Miocardite;
- Anemia;
- Distúrbios neurológicos, como alucinações, delírio e confusão mental.
Como prevenir a Leptospirose?
A prevenção da Leptospirose pode ser feita por meio de medidas de fácil orientação, no que diz respeito às Prefeituras e População.
Alguns exemplos básicos do que pode ser feito para prevenir a leptospirose:
- Saneamento básico – Para se ter uma ideia, quase 50% da população sofre sem coleta de esgoto no Brasil. Esse número é muito alto e fere a constituição. Com obras de drenagem, rede de coleta, e claro, manutenção de galerias de esgoto e águas pluviais, é possível reduzir os riscos de contaminação.
- Controle de Pragas – Assim como é preciso ter um controle eficiente de onde o lixo é jogado, tal como, do acondicionamento de alimentos orgânicos – é necessário contratar uma empresa especializada em desratização.
- Além disso, a população deve evitar ao máximo, o contato direto com água ou lama, provenientes de enchentes. Sendo que, profissionais que exercem funções ligadas a limpeza de dejetos, precisam estar devidamente protegidos com Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
- Outra alternativa simples e que pode ser usada em casa, é o uso de água sanitária para desinfetar reservatórios de água, como caixa d’água, por exemplo.
Como deve ser feita a limpeza de casas e terrenos após uma situação de alagamento?
Todo e qualquer material que tenha entrado em contato com a água de enchente, deverá ser devidamente lavado e desinfetado. Esse processo pode ser feito com água limpa e sabão.
Como por exemplo:
- Utilizar botas de borracha cano alto;
- Luvas de borracha;
- Calças compridas;
- Máscara.
Lembre-se que é essencial evitar a contaminação, seja pelo contato direto com a pele, ou ainda, a ingestão da água.
Além disso, esvazie sua caixa d’água e esfregue as extremidades, bem como, o fundo do recipiente. O ideal é que se use, panos e esfregões limpos. Para cada mil litros de água, utilize 1 litro de água sanitária para desinfetar o reservatório por completo. Deixe agir por 30 minutos e lave novamente, retirando todo o excesso do produto.
Por fim, lembre-se que a melhor maneira de prevenir um surto de leptospirose é contratando uma Dedetizadora Especializada que saberá exatamente como realizar a limpeza e o extermínio adequado dos transmissores da doenças.
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